quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ô Joga fora no lixo!

Ontem, era tarde e estava voltando do cinema. Na pracinha perto de casa, um gari estava limpando a calçada. Sem querer (nao foi algo pensado) disse: Gracias! E continuei o caminho, tentando entender o que tinha feito. Quando vi, ele estava logo atrás e me disse: Minha noite está apenas começando e ainda tenho muito trabalho a fazer. Obrigada por aparecer. Disse boa noite e entrei.
No elevador, fiquei pensando na relaçao que temos com o lixo. Os reciclados sao a onda do momento, mas deveríamos estar mais preocupados com o que nao estamos jogando fora.
Deveríamos deixar com o lixo nossas hipocrisias, nossa indiferença, nosso medo de todo e qualquer um, nossos preconceitos e pré-juízos.
Alma limpa também colabora para o bem-estar comum.

5 comentários:

Dedé disse...

Adorei o post!! As vezes penso nisso tb... sempre tento falar pelo menos bom dia ou seja lah o q for pras pessoas, sejam elas quem forem... faz bem pra saude... hehe

Ana disse...

Lindo o post!
Concordo plenamente com as duas... As faxineiras no trab me chamam de "Linda"... É um dos melhores pontos do meu dia... No banheiro, com elas, "Bom dia, Linda! Vc viu que sol está fazendo hj?" Sempre converso e me emociono... Elas sempre me ajudam a manter os pés no chão.

Anônimo disse...

VCS são as coisas mais fofas e lindas do mundo!Há tanta gente que fala em igualdade, fraternidade, solidariedade e é só da boca para fora!Há gestos simples, sem qualquer interesse que vale por um tesouro!Beijos , queridas.

Anônimo disse...

Pati, você me emociona com sua atenção às pessoas. Há um pesquisador da USP (da sociologia) que foi gari durante um ano, para escrever sua tese. Conta, numa entrevista, que ele se sentia invisível. Ninguém tomava conhecimento dele, não era reconhecido. Aquilo me impressionou muito na época. Agora, posso dizer: É que você não cruzou com minha sobrinha. Beijos. Gê

Anônimo disse...

Cada vez que jogamos fora essas hipocrisias, esses pre -conceitos e as indiferenças, reconstruímos um pouco de nossa essência perdida.