domingo, 12 de abril de 2009

Oficina de sentimentos

Num instante, a imagem do quartinho do vovô, com as paredes de colméias cheias de potes de vidro com pregos, porcas, parafusos e aquele cheiro de resto de madeira invadiu a área. Logo, surgiu a da oficina do tio Igor, de um cheiro um pouco mais forte, mas com todas as ferramentas devidamente penduradas, algumas coisas um pouco desarrumadas, numa confusao que só quem usa sabe encontrar cada coisa em seu lugar.
As imagens de minha infância justificavam o que me impressionava naquele momento: a caixa de ferramentas de rodinha da aderecista. Eu nao entendia bem porque eu gostava tanto daquilo, mas ela tinha todo o material que necessitávamos em instantes, se separava em duas partes e ia para qualquer canto.
Lembrei da minha paixao pela Leroy Merlin e pela Casa e Construçao. Eu detesto fazer compras, mas quer me levar para um consumismo desnecessário e só me deixar em um desses dois endereços.
Eu vou rechear o carrinho de coisas que nem sei como se usam, que nunca vou usar, mas vou estar alucinada, com os olhinhos brilhando como se tudo fosse cristal swarovski.
E tudo se esclareceu assim, como uma fumaça daquelas típicas de cartoon que o personagem segue. Eu sabia exatamente porque estava alí. Ou porque estou aqui.

Um comentário:

Ana disse...

Que maximo!!! Não entendi várias referências mas só o fato de vc estar se encontrando vale muito a pena toda a experiência..
Bjs