Foi em um café que eu encontrei o marido perfeito. Ele sentou, em uma mesa próxima, com jeito tímido e pediu um expresso. Abriu a mochila. Estilo alternativo. Comecei a reparar na roupa. Calça caqui, cotelê (se diz assim?), camiseta de manga comprida branca e uma de manga curta por cima (obrigatório) e tênis azul.
Tira um livro. Vejo que é Saramago, o de capa amarela novo que eu queria comprar. Ele gosta de ler. Envelheceríamos juntos, lendo e conversando sobre nossos autores preferidos em dias em que o amor fosse só cumplicidade.
Imaginei a casa, o cachorro, o jardim. As crianças correndo. O sábado de sol. Enquanto fiquei sonhando e imaginando coisas, perdi a aproximaçao de um terceiro personagem.
O marido perfeito dá um beijo apaixonado.
Ele é perfeito. Para outra!
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2 comentários:
Linda descrição... as always!
O mais dificil é largar o complexo de Cinderela. Sempre na espera de que ele irá aparecer.
O tempo passa rápido demais... O principe não vem e a vida passa...É preciso desistir antes que seja tarde demais.
Saudades!!
Isso sempre acontece comigo!!!!
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